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Como os Negócios podem se beneficiar da Economia de Baixo Carbono?

Muito se tem falado sobre Economia de Baixo Carbono, mas será que os diferentes setores econômicos compreendem de forma clara o que vem a ser essa nova economia?

E vou além, será que esses setores têm conseguido extrair os benefícios econômico-financeiros dessa nova economia?

Alguns setores têm demonstrado melhor compreensão e atuado com mais agilidade do que outros.

Por que será?

Difícil saber ao certo, mas ouso listar algumas possíveis causas:

1. Os setores mais tradicionais da economia tendem a tomar decisões de forma menos ágil e muito cautelosa;

2. Outros setores têm pouco entendimento sobre o que é a economia de baixo carbono, o que os impede de enxergar as vantagens estratégicas para os negócios;

3. A maior parte dos setores econômicos ainda enxerga a economia de baixo carbono uma “causa” da ONU – Organização das Nações Unidas, ou seja, como mais uma obrigação, deixando de perceber o quanto perseguir esse objetivo, que requer inovação, acaba trazendo vantagens econômico-financeiras para os negócios.

O que é a Economia de Baixo Carbono?

Alguns a denominam também como Economia Verde, mas há diferenças. Baixo Carbono é premissa da Economia Verde, que tende a ser mais abrangente.

Economia de Baixo Carbono busca minimizar a emissão de gases de efeito estufa e reduzir o impacto ambiental, especialmente no que diz respeito à emissão de dióxido de carbono (CO2) e outros gases que contribuem para as mudanças climáticas, conciliando o crescimento econômico com a responsabilidade ambiental.

Nesse modelo econômico é imprescindível contar com tecnologias inovadoras, conhecidas como “tecnologias verdes” visando, por exemplo, eficiência energética, o uso de fontes de energia renovável, transportes mais limpos e práticas agrícolas mais sustentáveis.

A produção circular também tem papel fundamental nesse modelo econômico, pois descarte de resíduos - o que aliás não deveria existir em nenhum bom projeto - gera muitos gases, principalmente em países como o Brasil que, no passado, optou por aterros a céu aberto.

Transição para uma Economia de Baixo Carbono e seus Benefícios

Além de mitigar os efeitos das mudanças climáticas, essa transição traz oportunidades econômicas e resultados sociais, como a geração de novas profissões e empregos, além de oportunidades de trabalho em geral, por exemplo, na indústria de energias renováveis.

A adoção de práticas e estratégias voltadas para a economia de baixo carbono pode trazer também, outros benefícios econômicos para os negócios e empresas, que vão desde maior competitividade e melhor desempenho financeiro.

Listo abaixo, alguns dos benefícios econômicos da economia de baixo carbono para os negócios:

  1. Redução de custos operacionais: a melhoria na gestão de energia e a adoção de tecnologias mais eficientes podem resultar em uma redução significativa nos custos de energia.

  2. Redução dos riscos em relação à volatilidade de preços de energia: a transição para fontes de energia renovável ou práticas de eficiência energética pode ajudar as empresas a reduzir sua dependência de fontes de energia fósseis sujeitas a flutuações de preços no mercado global.

  3. Acesso a novas linhas de financiamento e investimentos: investidores e instituições financeiras estão cada vez mais interessados em empresas que adotam práticas verdes facilitando o acesso a financiamentos e investimentos, muitas vezes a taxas de juros mais favoráveis.

  4. Melhoria na reputação e imagem de marca: que pode atrair consumidores mais conscientes, melhorando a fidelidade do cliente.

  5. Acesso a novos mercados: os mercados estão cada vez mais exigentes no que se refere a produtos e serviços mais limpos, o que gera mais oportunidades de negócios nesses mercados.

  6. Mais inovação e tecnologia: a busca por soluções de baixo carbono muitas vezes estimula a inovação e o desenvolvimento tecnológico, gerando produtos e serviços mais eficientes e sustentáveis. Essas inovações levam à vantagens competitivas significativas.

  7. Resiliência a riscos climáticos: que tendem a proteger os ativos e operações das empresas, reduzindo os custos associados a interrupções.

  8. Redução de desperdício: que tende a reduzir gastos financeiros, ao reduzir os custos de eliminação de resíduos e recuperação de materiais valiosos.


Então, como inserir as práticas da Economia de Baixo Carbono nos diferentes setores / segmentos?

Não é meu objetivo aqui escrever uma espécie de manual da economia de baixo carbono para os negócios, alias muito longe disso, mas sim, oferecer algumas dicas sobre os possíveis caminhos que podem ser trilhados em alguns segmentos.

Lembrando que os alguns dos caminhos listados abaixo podem ser aplicados em outros segmentos, sempre considerando o tipo de negócio.

Setor de Tecnologia da Informação (TI):

- Virtualização e Cloud Computing: Consolidar servidores e utilizar serviços em nuvem para reduzir o consumo de energia e recursos físicos.

- Tecnologia de Eficiência Energética: Adotar soluções de TI que ajudem a monitorar e otimizar o consumo de energia em data centers e infraestrutura de TI.

Setor de Transporte Terrestre:

- Frota de Veículos Eficiente: Substituir veículos convencionais por veículos elétricos ou híbridos, ou implementar programas de “carpooling” e compartilhamento de veículos.

- Logística Sustentável: Otimizar rotas de transporte para reduzir a distância percorrida e as emissões de carbono.

Setor de Pesca:

- Redução de Emissões da Frota: Melhorar a eficiência das embarcações de pesca para reduzir o consumo de combustível e as emissões de carbono.

- Técnicas de Pesca Sustentável: Adotar práticas de pesca que minimizem ou eliminem a captura incidental e o desperdício de recursos dos oceanos e rios.

- Zoneamento Marinho: Implementar zonas de pesca controladas para evitar a sobrepesca e permitir a recuperação das populações de peixes.

Setor Portuário e de Transporte Marítimo:

- Tecnologia de Propulsão Eficiente: Investir em embarcações mais eficientes em termos de combustível, incluindo navios híbridos e movidos à energia limpa.

- Eletrificação de Equipamentos Portuários: Substituir veículos e equipamentos de movimentação de carga movidos a diesel por versões elétricas ou híbridas, reduzindo as emissões de carbono e melhorando a qualidade do ar local.

- Gestão de Rotas: Otimizar rotas e velocidades para economizar combustível e reduzir as emissões de carbono.

Setor de Energia Oceânica:

- Energia das Marés e das Correntes: Explorar tecnologias de geração de energia a partir das marés e correntes oceânicas, que são fontes de energia renovável.

- Energia das Ondas: Pesquisar e desenvolver tecnologias de geração de energia a partir das ondas do mar.

Setor de Agricultura:

- Práticas de Agricultura Sustentável: Utilizar técnicas agrícolas que reduzam o uso de combustíveis fósseis e fertilizantes químicos, pesticidas e água, procurando adotar, sempre que possível, as práticas de agricultura orgânica e irrigação eficiente.

- Agricultura de Carbono Negativo: Explorar técnicas que aumentem o sequestro de carbono no solo, como a agro floresta e a plantação de árvores.

Setor de Turismo Costeiro:

- Transporte Sustentável: Promover opções de transporte sustentável para os turistas, como bicicletas, transporte público e veículos elétricos.

- Conscientização Ambiental: Educar os turistas sobre a importância da conservação marinha e do respeito às áreas sensíveis.

Setor Financeiro:

- Investimentos em Energia Limpa: Oferecer produtos de investimento relacionados a energias renováveis e projetos de baixo carbono.

- Avaliação de Riscos Climáticos: Introduzir análises de riscos climáticos em avaliações de crédito e investimento.

Setor de Empreendimentos Imobiliários / Construção:

- Eficiência Energética: Projetar e construir empreendimentos com alta eficiência energética, isolamento térmico, sistema de iluminação LED e aproveitamento máximo de iluminação natural.

- Materiais Sustentáveis: usar materiais de construção sustentáveis, de demolição, madeira certificada e concreto de baixo carbono, além de técnicas de tijolos ecológicos, e técnicas mais secas de construção, entre outros.

Setor de Energia:

- Energia Renovável: Investir em fontes de energia renovável, como painéis solares, turbinas eólicas ou hidrelétricas, para reduzir a dependência de combustíveis fósseis.

- Eficiência Energética: Melhorar a eficiência operacional por meio da atualização de equipamentos e da implementação de tecnologias mais eficientes em termos de energia.

- Armazenamento de Energia: Implementar sistemas de armazenamento de energia para maximizar o uso de energia renovável e reduzir os picos de consumo.

Esses são apenas alguns exemplos de como as práticas da economia de baixo carbono podem ser aplicadas em diferentes setores / segmentos.

O tema não se esgota por aqui, claro.

A #dica é identificar as oportunidades específicas de redução de emissões de carbono e adotar medidas que levem em consideração as particularidades de cada negócio.

Importante reforçar que todas essas inovações e tecnologias tendem a trazer vários benefícios aos negócios, além é claro, de benefícios para todos, sociedade e planeta.

E aí o que está faltando para sua empresa se inserir nessa nova economia?

Quais têm sido os desafios para avançar?



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Até breve.

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