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Ciência, Indústria 4.0 e Inovação – aliados no enfrentamento de epidemias e na mitigação dos efeitos

O grande dilema, nesse período de Coronavírus, para a maioria dos países e lideranças mundiais, é a partir de quando e como reabrir e destravar a economia sem comprometer os resultados até aqui obtidos no combate à pandemia, que são frutos de longos períodos de isolamento social imposto às populações.


Alguns países que tentaram reabrir a economia tiveram um rápido recrudescimento do número de casos de coronavírus, como a Coreia do Sul e Alemanha.


No entanto, todos concordam que travar a atividade econômica dessa forma é algo devastador para todos os países e há a necessidade urgente de se tomar decisões responsáveis e, ao mesmo tempo, inteligentes e inovadoras para a solução desse dilema.


DECISÕES INTELIGENTES PASSAM PELA VALORIZAÇÃO DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA


Um dos exemplos de decisão responsável e inteligente, que tem como premissa a valorização da ciência e tecnologia vem de Israel, do Instituto Weizmann.


É o modelo 10-4, que propõe uma forma de retorno às aulas, baseada num modelo matemático que considera o ciclo do vírus, tirando proveito de um “ponto fraco” – seu período de latência, ou seja, o atraso médio de três dias entre o momento em que uma pessoa é infectada e o tempo em que pode infectar outras pessoas.


Esse modelo matemático tenta contribuir para a redução do chamado número básico de reprodução ou R0 que indica o número de pessoas para quem um indivíduo pode transmitir um vírus, ou seja, calcula a capacidade do vírus de se espalhar. Governos de todo o mundo tem concentrado esforços em trazer esse número de reprodução para abaixo de 1.

E, de acordo com esses modelos matemáticos desenvolvidos por pesquisadores israelenses, a regra 10-4, que restringe a capacidade do vírus de infectar muitas pessoas, mantém esse número abaixo de 1.


Na prática, esse modelo matemático propõe um ciclo de duas semanas para as atividades, ou seja, com 10 dias de quarentena e 4 indo para o trabalho ou escola, sendo que pais e filhos da mesma casa, saiam nos mesmos dias para trabalhar e estudar.

"É um modelo que alterna quarentena e trabalho/escola, um caminho intermediário que oferece um equilíbrio entre saúde e economia", diz Uri Alon, professor de Biologia Computacional e de Sistemas e um dos pesquisadores que desenvolveram esse modelo.


Mas é claro que deve ser combinado com outras medidas, como distanciamento social e medidas de higiene.


OUTROS EXEMPLOS de ações e decisões inteligentes que valorizam a ciência e a tecnologia estão associados à utilização da INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL por várias empresas para prever, rastrear e conter a propagação de doenças infecciosas como o coronavírus.


Na China, por exemplo, ROBÔS DE LIMPEZA substituem empregados que desinfetam alas hospitalares segregadas — ou ASSISTENTES PESSOAIS AUTOMATIZADOS telefonam às pessoas, fazem perguntas e, com base nas respostas, dão recomendações para ficarem ou não em casa, e na maioria das vezes, esses assistentes conseguem fazer muito mais telefonemas do que os humanos, produzindo relatórios diários que ajudam no combate às infeções pelo vírus.


Um segundo exemplo vem da startup canadense BlueDot, que usando INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL na análise de dados complexos, foi a primeira empresa a alertar seus clientes (governos, planos de saúde, hospitais, seguradoras, companhias aéreas) sobre o perigo do coronavírus em 31 de dezembro de 2019.

O alerta foi feito mais de uma semana antes da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Centro Americano de Controle de Doenças e Prevenção.


A empresa previu ainda que o surto iria saltar para Bangkok, Seul, Taipe e Tóquio nos dias seguintes à sua primeira aparição na cidade chinesa de Wuhan.


São inúmeros os exemplos da associação da ciência (medicina) à tecnologia (inteligência artificial) para a busca de soluções preventivas e preditivas, e que vão de alertas de surtos até análises que possam levar ao melhor enfrentamento das epidemias e possível cura de doenças.



OUTROS EXEMPLOS


A TissueLabs, a startup brasileira da incubadora USP/Ipen-Cietec, que atua na fabricação de órgãos e tecidos em laboratório, acaba de anunciar o desenvolvimento de uma plataforma que imita o microambiente dentro dos pulmões em cultura celular, permitindo estudar a covid-19 de maneira mais fiel à realidade no organismo.

O estudo é feito no epitélio pulmonar, um dos tecidos mais afetados pela doença.


A startup britânica Benevolent AI vem utilizando a tecnologia para acelerar as pesquisas em drogas reguladas para encontrar soluções que limitam a infecção pelo vírus.


Cientistas da Deargen, farmacêutica sul coreana, vem aplicando deep learning para encontrar medicamentos antivirais com o objetivo de encontrar um possível tratamento do coronavírus.


A americana Insilico vem aplicando a inteligência artificial para descobrir novas moléculas que tenham potencial para curar a doença.


OS NOVOS DESAFIOS EXIGEM UM PENSAR E AGIR DIFERENTES


Enfim, é preciso compreender que vivemos um momento inédito, no qual os problemas econômicos derivam de uma crise sanitária e que a saída para a economia passa pela ciência e tecnologias pilares da Indústria 4.0.


Não adianta apenas abrir o comércio, as indústrias e os espaços físicos com base no conhecimento passado, mas sim, com base na visão de futuro, valorizando a ciência e a tecnologia, que são nossos maiores aliados nesse momento de crise.


Além disso, precisamos pensar em como enfrentar novas crises. O Banco Mundial, por exemplo, assim como outras instituições estimam que, num futuro próximo, uma nova epidemia global poderá fazer milhões de vítimas fatais.


Dessa forma, é preciso agir de forma responsável, inteligente e inovadora para enfrentar os novos desafios que virão. As lideranças mundiais precisam tomar decisões baseadas na ciência e utilizando as novas tecnologias disponíveis.



E você tem algum exemplo de decisão inteligente, por parte de países, nesse período de pandemia, que foi baseada na ciência e tecnologias da Indústria 4.0? Conte-nos.


Simone Basile

Mentora, Empreendedora, e Head da INTERACTTI – Rede de Empreendedorismo e Negócios. Idealizadora do conceito Negócios Transformadores. PhD em Ciências pela USP.


Carla Sandler

Especialista e Mentora em Processos Industriais, Melhoria Contínua e Indústria 4.0. Membro da INTERACTTI – Rede de Empreendedorismo e Negócios. Mestre em Ciências pela USP.




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