Como já mencionamos em publicações anteriores, a Química Verde busca o desenvolvimento de novas tecnologias e de reações químicas que não gerem poluição ao meio ambiente.
A Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (USEPA) e a Sociedade Americana de Química propuseram 12 princípios para nortear a pesquisa em Química Verde que, fundamentalmente, resumem-se à REDUÇÃO de:
· produção de rejeitos
· uso de materiais e energia
· risco e periculosidade e
· custo de processos químicos.
Quais são esses princípios?
1) Evitar produção de resíduos
2) Economia de átomos (maximizar a presença de todos os materiais de partida no produto final)
3) Reduzir toxicidade
4) Desenvolver produtos seguros e eficientes
5) Eliminar/melhorar solventes e auxiliares de reação
6) Otimizar uso de energia
7) Usar fontes renováveis
8) Evitar derivados e múltiplas etapas
9) Usar catalisadores
10) Desenvolver produtos degradáveis
11) Monitorar/controlar processos em tempo real
12) Desenvolver processos seguros
Então percebemos que não é tão simples assim, seguir todos esses princípios.
É algo que exige muitos ajustes internos em vários dos processos industriais nas empresas.
O que nos chama a atenção é o número de empresas que se utiliza do marketing ambiental com o objetivo de melhorar suas imagem e avaliações por parte dos consumidores.
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Não basta apenas acrescentar palavras como "bio", "eco" ou "verde" ao final do nome de um produto ou de um processo para que ele possa ser considerado um legítimo
produto da prática da Química Verde.
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Os princípios da Química Limpa deixam claro que ela nada mais é do que a ciência química executada em conformidade com os conceitos e preocupações do desenvolvimento-sustentável.
E se não estiver em conformidade com esses conceitos, estamos tratando de “maquiagem” ou de greenwashing, que pode ser traduzida como “lavagem verde”.
Um termo já muito conhecido no mercado e que corresponde a uma propaganda enganosa na qual organizações divulgam informações sobre defesa do meio ambiente, mas na realidade essas empresas não praticam nenhuma ação que colabora com a minimização dos impactos ambientais.
Seria o equivalente a uma Fake News.
O objetivo, daqui para frente, deve ser o de estimular e disseminar essa abordagem da Química Verde e ESG por toda a indústria, para que assim, os impactos negativos dos processos industriais e produtos químicos no meio-ambiente possam ser minimizados ou até mesmo eliminados.
A nossa série ESG e Química Verde termina com esse post e esperamos que as informações tenham ajudado a esclarecer um pouco sobre esse tema que é tão importante para o planeta e para a sobrevivência da humanidade.
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O que não termina aqui é o nosso propósito em inspirar os empreendedores e investidores a construírem negócios transformadores e isso só será possível se adotarmos a
visão de cidadania empresarial.
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Sobre as autoras:
Carla Sandler Especialista e Mentora em Processos Industriais, Melhoria Contínua e Indústria 4.0; Mestre em Ciências pela USP;
Simone Basile - Empreendedora e Mentora em Negócios. Head da INTERACTTI – Rede de Empreendedorismo e Negócios. Idealizadora do conceito Negócios Transformadores. PhD em Ciências pela USP.
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