A sigla ESG ganhou destaque mundial no ano passado quando o presidente da empresa BlackRock – maior gestora de investimentos do mundo – anunciou que não investiria mais em setores com grande emissão de CO2 e que priorizaria setores mais sustentáveis (Folha de S. Paulo, 03/08/2020).
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As práticas ESG já existem há anos, mas somente agora estão ganhando corpo
entre os investidores.
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O site da @XP Investimentos, por exemplo, possui uma aba específica para explicar tudo sobre ESG. Ao acessar a aba a primeira informação que aparece é: “ESG: investindo para um mundo melhor”.
Segundo a XP “um investimento ESG é aquele que incorpora questões ambientais, sociais e de governança como critérios na análise, indo além das tradicionais métricas econômico-financeiras...”.
Principais questões avaliadas em cada um desses critérios:
1) Fatores ambientais: uso de recursos naturais, emissões de gases de efeito estufa, eficiência energética, gestão de resíduos e efluentes
2) Fatores sociais: políticas e relações de trabalho, inclusão e diversidade, direitos humanos, relações com comunidades, privacidade e proteção de dados
3) Fatores de governança: independência do conselho, estrutura dos comitês de auditoria e fiscal, ética e transparência
Segundo a visão dos investidores, empresas vencedoras, aquelas com melhores retornos financeiros, se preocupam com o meio ambiente, com a sociedade e com governança.
As empresas com princípios ESG contribuem para o desenvolvimento sustentável.
Os investimentos que consideram os princípios ESG são chamados de Investimentos Socialmente Responsáveis (SRI).
Dentre os fatores do ESG, o ambiental talvez seja o mais delicado porque abrange ações que minimizam o impacto ambiental causado pelas atividades industriais e o tratamento adequado dos resíduos gerados, porém, exige investimentos tanto para o desenvolvimento quanto para a implementação de tecnologias que substituirão os processos poluidores.
Outro ponto importante é que o desenvolvimento científico demanda tempo, as tecnologias não são desenvolvidas do dia para a noite e, uma vez que geralmente são desenvolvidas em ambiente experimental, precisam ser avaliadas e credenciadas para uso em maior escala, ou seja, em escala industrial.
Uma área desse desenvolvimento científico que tem ganhado muito espaço é a conhecida QUÍMICA VERDE, que podemos entender como o desenvolvimento e a implementação de produtos químicos e de processos para reduzir ou eliminar o uso ou a geração de substâncias nocivas à saúde humana ou ao meio ambiente.
A Química Verde se divide em 3 categorias e 12 tópicos devem ser perseguidos em sua implementação.
No próximo artigo, nós conheceremos quais são essas 3 categorias.
Não perca!
Carla Sandler Especialista e Mentora em Processos Industriais, Melhoria Contínua e Indústria 4.0; Mestre em Ciências pela USP;
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